A Embraer SA e a americana Boeing Co. uniram forças para ajudar os pilotos do mundo todo a evitar o tipo mais frequente de acidente aéreo: passar do fim da pista depois de uma malograda aterrissagem.
The Wall Street Journal: 19 de dezembro de 2012
Andy Pasztor
As duas fabricantes de aviões anunciaram esta semana que estão recomendando novos procedimentos e revisando técnicas para combater os riscos crescentes de saídas de aviões da pista. São acidentes, ou incidentes sérios em que aviões saem da pista de pouso e decolagem, geralmente porque o piloto aterrissou muito rápido e tocou o solo num ponto já adiantado, ou calculou mal a distância de parada num pavimento úmido ou coberto de neve.
A iniciativa vem depois de várias outras companhias, associações do setor e especialistas em segurança da aviação terem lançado campanhas semelhantes. Mas as iniciativas ainda não reverteram o crescimento da taxa de acidentes em que o avião sai da pista.
A abordagem da Boeing e Embraer, apresentada em vídeos de treinamento, consiste em parte em ressaltar conversas entre pilotos sobre os detalhes da aproximação ao aeroporto, quando ainda há tempo para novamente levantar voo de forma segura e tentar pousar uma segunda vez. Os procedimentos também recomendam um uso maior de reversores, dispositivos na traseira das turbinas que são usados para frear o avião durante a aterrissagem.
A campanha é a primeira iniciativa de segurança derivada de um pacto de cooperação que a Embraer e a Boeing divulgaram em abril. Elas esperam avançar no tema de segurança ao preencher o que consideram brechas nas prevenções atuais contra problemas de aterrissagem em todo o setor. Entre 2002 e 2012, cerca de um quinto dos maiores acidentes com jatos envolveu saídas de pista e causou 780 mortes, segundo estatísticas da Boeing.
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