Embraer está confiante de que o seu A-29 Super Tucano vai ganhar o LAS (light air support) apoio aéreo leve de parceiros americanos como o Afeganistão, o primeiro que será beneficiado. A primeira licitação foi cancelada em janeiro. Uma nova decisão é esperada para janeiro de 2013 e Luiz Carlos Aguiar, diretor-executivo de Defesa da Embraer e da divisão de Segurança, diz que a proposta da empresa aérea brasileira continua a ser compatível com as leis norte-americanas.
Ele afirma que a Embraer está confiante sobre as suas perspectivas na competição, ressaltando que, a Embraer tem investido significativamente nos EUA através de sua linha de produção de jatos executivos em Melbourne, Flórida, e seu novo centro de engenharia o primeiro fora do Brasil.
"Sabemos que a política interna pode ter um impacto, mas as proposituras são compatíveis com as leis", diz ele. "Nós vamos gerar muitos empregos nos EUA. Estamos presentes nos EUA há bastante tempo e estamos investindo ainda mais nesse país."
A nova licitação foi publicada em maio, empurrando para 2014 as datas de entrega, dois anos mais tarde do que o inicialmente previsto. As aeronaves são destinadas para a força aérea do novo Afeganistão.
Aguiar diz que, além da Indonésia, que encomendou recentemente 16 Super Tucanos – já recebeu os quatro primeiros em uma cerimônia no dia 06 de agosto – os outros países da Ásia-Pacífico, como as Filipinas e Tailândia também são clientes em potencial para o Super Tucano da Embraer.
Quanto ao desenvolvimento do avião KC-390 – aeronave de carga, ele diz que a fase de definição conjunta está prevista para ser concluída até início do próximo ano. Depois disso, a Embraer espera para fixar o preço da aeronave e assinar contratos firmes no primeiro trimestre de 2013.
A empresa não irá adicionar os mais parceiros de desenvolvimento que não a Argentina, a República Checa e Portugal. No entanto, esta aberta a possibilidade de estabelecer uma linha de montagem para o KC-390 cargueiros fora do Brasil no caso de um forte cliente esperar algo nesse sentido, apesar das tensões Aguiar lembra que tal decisão ainda está muito longe.
"Precisamos estudar isso passo a passo, caso a caso", diz ele. "Como uma empresa de defesa, devemos ter uma mente aberta para estas coisas. Pode ser até mais complicado, temos que nos associar a uma ou mais empresas fornecedoras, e assim sendo, poderemos ficar com a montagem final."
Embraer informou que as autoridades da Indonésia operam uma frota de Lockheed Martin C-130 considerados ultrapassados, questionou sobre o programa. Eles também estão interessados em se inscrever em outros potenciais produtos de exportação, porem, Aguiar disse que a prioridade é concluir a fase de definição conjunta e fixar um preço ao produto. As negociações com os clientes existentes e marketing para as novas gerações de parceiros que então começando a ficar séria, acrescenta.
Tradução: Roberto Maranhão
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