Sunday, October 7, 2012

Boeing e Saab reagem a novo radar da Dassault

Boeing e Saab reagem a novo radar da Dassault:
Empresas afirmam que suas propostas de caças à FAB já têm sistema moderno; Dassault incluiu novo radar no modelo negociado com governo
O ESTADO DE S. PAULO via NOTIMP: 06 de outubro de 2012
ROBERTO GODOY
A confirmação, feita anteontem pelo grupo francês Dassault, da incorporação dos avançados radares RBE2 AESA à proposta de fornecimento de 36 novos jatos de uso múltiplo Rafale para a Força Aérea causou reações entre os finalistas na escolha – a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
O negócio, de US$ 6 bilhões, é uma ação inicial. O programa é de longo prazo, e contempla contratos futuros envolvendo cerca de 120 aeronaves, com produção local a partir de um determinado ponto do processo.
A seleção tem um codinome, é a F-X2, e acumula 17 anos de atraso por causa de seguidos cancelamentos, reinícios e adiamentos. Ontem, no Rio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a presidente Dilma Rousseff mantém a disposição de tomar a decisão até o fim do ano. No dia 31 de dezembro expira o prazo de congelamento das ofertas das corporações finalistas. A manutenção dos termos das ofertas foi feita a pedido do governo.
Negócio de Estado. A Boeing e a Saab destacaram ontem que as suas negociações incluem os radares da classe AESA desde o inicio da F-X2. De acordo com o diretor sueco Bengt Janer, "os nossos estudos já estão em um patamar elevado: trabalhamos com a Selex Galileo, no Brasil, nesse viés do programa".
Janer disse que "não há qualquer risco da tecnologia do equipamento não ser transferida integralmente para a indústria local: 100% do conhecimento desse radar é de domínio da Suécia".
Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil e ex-embaixadora dos EUA em Brasília, considera a aquisição dos caças "um negócio entre os Estados brasileiro e americano, executado entre os governos".
Essa condição, destaca, "implica um apoio total, já revelado, do governo dos Estados Unidos à venda e à transferência de tecnologias – incluindo as do radar AESA, aprovada antecipadamente pelo Congresso, pelo Departamento de Estado e diretamente pelo presidente Barack Obama". Segundo Donna, "não há necessidade de qualquer aprovação adicional". 
Em nota, a empresa informou que "tem a reputação inigualável de cumprir suas promessas, fornecendo transferência de tecnologia por meio de participações industriais em 40 países, avaliadas em mais de US$ 42 bilhões".
Na França, a agência de armamento, a DGA, anunciou a entrega dos primeiros Rafale – rebatizados Rafale C137 – dotados dos radares RBE2 AESA, da Thales, e integrados nas fábricas de Merignac, da Dassault.
Segundo a DGA, o dispositivo soma grande melhora operacional. É compatível com a nova geração de mísseis, como o Meteor, com alcance além do horizonte e a raio de ação de 110 km. Em operação, teria demonstrado redução de custos e da exigência de ciclo curtos de manutenção.
Entenda o caso
Ontem a Dassault Aviation, fabricante do jato Francês ‘Rafale C’, um dos modelos finalista no processo de escolha para uma nova plataforma aérea de combate para a Força Aérea Brasileira – FAB noticiou que vai incorporar, sem acréscimo no preço final, o novo radar de alta tecnologia AESA desenvolvido especialmente para o avião. Leia a matéria abaixo publicada no NOTIMP de 05 de outubro passado.
Dassault tenta vender caças com novo radar
Fabricante do RafaleC, um dos modelos avaliados pela FAB, incluiu a transferência de tecnologia de radar ao Brasil para tentar ganhar contrato
O Estado de S.Paulo via NOTIMP: 05 de outubro de 2012
ROBERTO GODOY
A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês RafaleC, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.
De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, "com esse equipamento, a FAB terá em mãos, todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos".
Segundo Merialdo, "o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas". O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do RafaleC.

O radar foi desenvolvido pela Thales, integrante do consórcio Rafale International. A versão de segunda geração começou a ser pesquisada em 2004, e recebeu um investimento inicial de 90 milhões.
O dispositivo é capaz de localizar e identificar simultaneamente até 40 aeronaves – e de tratar como alvos de 8 a 10 delas. Faz, ainda, o acompanhamento digital do terreno sobrevoado, facilitando a penetração a baixa altura em ataques de precisão.
O AESA, todavia, não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial – muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.
Compra

A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de US$ 6 bilhões envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab.
O governo brasileiro exigirá dos vencedores a transferência de tecnologia sensíveis ao País e a construção das aeronaves no Brasil a partir de determinado ponto. A aeronave será o padrão de todos os tipos de uso em combate da FAB e da aviação naval.
A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano.
OBS. No vídeo abaixo poderá entender o princípio de ‘Varredura Eletrônica Ativa Faseada’ conhecida no meio aeronáutico como 'AESA'.

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