A Embraer e a SNC (Sierra Nevada Corporation) foram liberadas para iniciar a produção do avião Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos nesta sexta-feira (15).
Aviação Geral: 17 de março de 2013
Sexta feira passada, 15/03, a Força Aérea do país conseguiu reverter determinação do GAO (Government Accountability Office), responsável por auditar licitações de governo, de segunda-feira, que resultou na suspensão dos trabalhos de produção do avião.
A ordem de suspensão dos trabalhos é uma decorrência automática do processo aberto pela concorrente Beechcraft junto ao GAO, questionando o resultado.
A Embraer venceu a disputa em dezembro de 2011, mas a Beechcraft entrou na Justiça e conseguiu anular a concorrência. Uma nova disputa foi realizada e, fim de fevereiro, a Embraer foi novamente anunciada como vencedora.
O contrato de US$ 428 milhões envolve a compra de 20 aviões Super Tucano, além de peças e serviços de manutenção. Os aviões serão usados para dar apoio à missão militar dos EUA no Afeganistão. Se concretizada, será a primeira venda da Embraer para a Defesa dos EUA.
Beechcraft
“No que concerne à produção de aeronaves para ajudar os americanos a voltar do Afeganistão para casa, a Força Aérea dos EUA hoje concluiu que o ‘melhor interesse’ agora pesa nos ombros do Brasil”, declarou a Beechcraft, em nota.A empresa americana questionava o valor do contrato. “Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um gasto adicional de mais de US$ 125 milhões pelo o que consideramos ser uma aeronave com menos capacidades”, disse em comunicado o presidente-executivo da empresa, Bill Boisture, após perder a licitação pela segunda vez.
Ele disse que sua empresa estava “muito perplexa” com a decisão e que há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de seleção.
Anteriormente conhecida como HB (Hawker Beechcraft), a Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. Em comunicado, ela disse que a decisão a favor da Embraer afetará cerca de 1.400 postos de trabalho no Kansas e em outros Estados americanos.
FONTE: Folha de São Paulo
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