Friday, August 17, 2012

JATINHOS TERÃO PISTAS EXCLUSIVAS

JATINHOS TERÃO PISTAS EXCLUSIVAS:
Pelo menos uma solução para incentivar investimentos em infraestrutura aeroportuária está pronta, com autorização prévia da presidente Dilma Rousseff. É voltada à aviação executiva: decreto presidencial vai autorizar grupos empresariais a construir, gerir e manter aeroportos dedicados a esse setor.
Aviação Geral: abaixo boas notícias para a aviação privada
São José dos Campos — O mais ousado desses projetos é o de São Roque (SP), da construtora JHSF, que deverá ser apresentado durante a Latin American Business Aviation (Labace), maior feira de jatos executivos da América Latina, aberta hoje na capital paulista. Trata-se de um aeroporto privado para receber jatos executivos em viagens nacionais e internacionais.
O mercado aposta que a construtora vai tocar o investimento de R$ 700 milhões sozinha, com recursos próprios. "No geral, as propostas de aeroportos executivos estão adiantadas e só aguardam sinal verde para deslanchar", afirma uma fonte do governo.
O vice-presidente da Embraer, Marco Túlio Pellegrini, afirmou que o Brasil deverá se consolidar como segundo maior mercado de aviação executiva em dois anos, superando o México e ficando atrás só dos Estados Unidos. Mas lamenta que a falta de infraestrutura, como hangares e pistas, esteja impedindo uma aceleração das vendas desse tipo de aeronave.
Para ele, é importante o país "tirar do papel" as muitas intenções de construir terminais no interior. "Nos Estados Unidos é muito comum empresários cruzarem o país com jatos executivos, vistos lá como uma ferramenta de trabalho e não um luxo de poucos. Além de dar segurança, privacidade e flexibilidade de horários, a aviação executiva também gera negócios no entorno dos terminais", acrescenta. (SR)
Projeto do Aeroporto Privado em São Roque
Aeroporto Privado de São Roque
SÃO PAULO – A construtora JHSF recebeu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a autorização para construir um aeroporto executivo privado em São Roque, a 60 km de São Paulo. A empresa está agora trabalhando no projeto executivo e só depende da obtenção das licenças ambientais para iniciar as obras. A expectativa é de que as permissões sejam dadas até o fim deste ano e a construção comece em 2013.
O documento emitido pela Anac estabelece que o projeto tenha de cumprir ainda requisitos de uso de solo e zoneamento urbano estabelecidos em diversas esferas da administração pública. O empreendimento será erguido em um terreno de 7 milhões de m² de propriedade da JHSF, às margens da Rodovia Castelo Branco.
A pista do aeroporto terá 2.800 metros, maior do que a de Congonhas, que tem 1.940 metros. No local, além de um shopping center já em construção, devem ser erguidas também torres comerciais. Procurada, a JHSF não quis comentar.
O aeroporto, que receberá investimentos de R$ 400 milhões, deve ficar pronto entre janeiro e fevereiro de 2014, a tempo de realizar testes de operação antes da Copa. O projeto já recebeu o aval do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo, órgão ligado ao Comando da Aeronáutica.
Para Francisco Lyra, da CFly Aviation, parceira da JHSF no projeto, com a entrega dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília à iniciativa privada, a aviação executiva deve perder espaço nesses locais, o que amplia a demanda por novas estruturas.
“A aviação executiva não vai ter vez (nos aeroportos concedidos), porque não gera um volume alto de receitas”, diz. Por enquanto, com o sinal verde recebido da Anac, o aeroporto poderá receber e originar voos executivos domésticos.
Para um especialista em aviação que pediu para não ser identificado, o aval dado ao empreendimento da JHSF dá um alento a outros projetos aeroportuários no Estado de São Paulo. No ano passado, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) descartou o plano de construção de um aeroporto em Caieiras pela Andrade Gutierrez e pela Camargo Corrêa, alegando que poderia interferir nas operações de outros aeroportos.
GUIA SÃO ROQUE
São Paulo deve ganhar dois aeroportos privados
MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
A região metropolitana de São Paulo deve ganhar pelo menos dois aeroportos dedicados à aviação executiva até a Copa de 2014.
Os investimentos devem ser acelerados a partir da assinatura, de um decreto presidencial que vai regulamentar a exploração privada de aeroportos para uso exclusivo da chamada aviação geral.
O Brasil já possui a segunda maior frota de aeronaves particulares, atrás dos EUA. Nos últimos anos, porém, o aumento da frota, em especial de jatinhos, cujos preços variam de US$ 2 milhões a US$ 60 milhões, tem dado dor de cabeça aos proprietários: faltam hangares para estacionar e horário para pouso e decolagem nos aeroportos.
Para dar conta da demanda da aviação regular, a Infraero vem limitando o número de slots (espaço para pouso e decolagem) para a aviação executiva, principalmente em Congonhas. Com o Campo de Marte, na zona norte da capital, saturado, o crescimento tem se espalhado por Jundiaí e Sorocaba.
Há anos a iniciativa privada pressiona pela regulamentação da exploração comercial de aeroportos, sob o regime de autorização. As empresas já estavam tocando projetos.
Na próxima semana, a JHSF, construtora do shopping Cidade Jardim, apresenta na Labace, feira de aeronaves executivas que acontece em São Paulo, o projeto de seu aeroporto de luxo, cujo investimento é estimado em R$ 700 milhões.
Localizado em São Roque, a 62 km da capital, o aeroporto terá uma pista de 2.800 m, maior que a de Congonhas (1.940 m), e abrigará uma "universidade do ar".
"O projeto é para um aeroporto internacional e vamos inaugurar antes da Copa", diz o diretor de novos negócios da JHSF, Humberto Polatti.
Concorre com esse empreendimento um projeto dos empresários Fernando Botelho Filho e André Skaf, que planejam um aeródromo de menor porte em Embu-Guaçu, próximo ao rodoanel.
Outros aeroportos que servem à capital também estão recebendo investimentos. A Embraer investirá US$ 25 milhões em um centro de manutenção, sala VIP e aluguel de hangares em Sorocaba. 

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