Monday, August 20, 2012

Os gastos do Brasil em defesa alertam à Embraer mudar de rumo

Os gastos do Brasil em defesa alertam à Embraer mudar de rumo:
Embraer é uma marca com o sinônimo de sucesso na aviação comercial e executiva, porem, pode a Embraer tornar-se também uma das empresas gigantes no mundo da defesa? A empresa aeroespacial brasileira tende a se reposicionar para atingir esse objetivo, e o catalisador para essa mudança será uma série de contratos de bilhões de dólares para a defesa que estão pretendendo ganhar no Brasil.
AVIATION WEEK: 13 de agosto de 2012
por Leithen Francis – São José dos Campos, Brasil


Com uma previsão de US$ 6.000.000.000 – seis bilhões de dólares para o sistema de controle integrado de defesa das fronteiras que o exercito brasileiro planejam para proteger as fronteiras seca do país. O Brasil tem fronteiras com 10 países diferentes, totalizando quase 17.000 km (10,560 milhas.) que devem ser protegidas. Existe também o SisGAAz, mais conhecido como "Amazônia Azul", um projeto US$ 2.000.000.000 – dois bilhões de dólar liderado pela Marinha Brasileira para proteger a zona exclusiva de exploração econômica do Brasil. O Brasil depende muito de sua riqueza econômica , petróleo e das plataformas de gás espalhados na costa brasileira. O governo deve também querer proteger a pesca e garantir que tenha capacidade de monitoramento dessa vastidão e evitar quaisquer incursões indesejadas. Outro importante programa envolve um satélite geoestacionário que transportará uma carga útil para comunicação de segurança militar.
O jato de transporte e apoio KC–390 é um produto da Embraer Defesa & Segurança em gestação para atender o governo brasileiro e outros interessados.
Além disso, existem contratos de defesa e de segurança decorrentes da Copa do Mundo e Jogos Olímpicos de Verão, que será realizada no Brasil em 2014 e 2016, respectivamente.
Os contratos exigem que as empresas tenham experiências no solo de radares, sensores, vigilância aérea, comunicação via satélite e de observação da Terra, completando com as comunicações de rádio.
Embraer construiu sua base para a defesa e a segurança em uma empresa separada acrescentado Defesa e Segurança a sua marca, Embraer Defesa e Segurança (ED & S). Luiz Carlos Aguiar, anteriormente era diretor financeiro da Embraer agora ocupa a Presidência da ED & S.
"Estamos tentando imitar no Brasil o que as empresas de defesa européias e americanas fizeram no passado", diz Aguiar, referindo-se a empresas como a Boeing, que tem setores de defesa separada das atividades com a aviação comercial e executiva e que são gerenciadas separadamente, cada um com seu próprio CEO.
Mesmo que já tenha criado o Super Tucano, avião de ataque leve e o EMB-145 de aviso antecipado (AEW), a aviação comercial e executiva ainda é responsável por 80% da receita do grupo. No entanto, uma parcela da receita de 20% no primeiro semestre deste ano é uma conquista significativa para a ED & S, porque o produto no ano passado da Embraer Defesa & Segurança foi de apenas 15%. Aguiar prevê que a ED & S vai representar 25% até 2020. No ano passado, a unidade teve uma receita de 859 milhões dólares, este ano, a previsão é de ser "um pouco maior, de $ 1 bilhão", diz ele. Em 2006, os negócios da Embraer defesa tinha uma receita de apenas US$ 400 milhões, acrescenta.
O Embraer Super Tucano tem agora mais concorrentes, na Turquia, Suécia, Coréia do Sul e nos Estados Unidos
A ED & S – Embraer Defesa e segurança representa hoje a 74ª empresa de segurança no Racing internacional, diz Aguiar, a consolidação desse setor na Europa e Estados Unidos mostram que a ED & S vai subir nos rankings. Aguiar prevê que em 2020 a receita ED & S vai ser maior, mais que o dobro em comparação com 2012.
A ED & S impulsionou suas receitas, em parte através de aquisições. Recentemente, adquiriu a Orbisat, fabricante de equipamentos radar baseados em terra, e a Atech, especializada em C4I (comando, controle, comunicações, computadores e inteligência). ED & S também estabeleceu a Visiona, uma joint venture com estatais brasileiras Telebrás e empresa de telecomunicações. Visiona vai liderar o impulso em satélites e tecnologia espacial. E ED & S formou também uma joint venture com a Elbit Sistemas de Israel para desenvolver UAVs, especificamente os de controle de fronteiras.
Um motivo chave por trás dessas aquisições, diz Aguiar, é de reunir os conhecimentos e capacidades que a ED & S tem em competir por novos contratos. Ele diz que a Embraer tem interesse de comprar mais empresas do setor de defesa, particularmente aqueles com experiência em monitoramento e vigilância. A preferência, no entanto, é para as empresas locais em detrimento de aquisições estrangeiras.
Orbisat e Atech estão baseadas no Brasil. Uma estratégia para cortejar governo brasileiro em suas decisões destacando que ED & S está oferecendo um produto desenvolvido localmente e assegurar que o Brasil tenha a tecnologia e capacidade de proteger a si mesmo, sem depender de entidades estrangeiras. Executivos da ED & S também dizem que a tecnologia evoluiu localmente, ED & S possui a propriedade intelectual e, como conseqüência, é livre para comercializar os seus sistemas para outros países.
Em parceria com a Elbit Sistemas de Israel a ED & S pretende desenvolver VANT’s para vigilância de fronteiras.
A estratégia está apropriada porque os contratos multibilionários de defesa do Brasil chamaram a atenção de outras empresas brasileiras, que estão impulsionando sua própria experiência em capacidade em manufaturas em parceria com empresas estrangeiras de defesa.
Andrade Gutierrez, um conglomerado brasileiro diversificado, que começou no ramo da construção é hoje uma das maiores empresas do país, estabeleceu uma empresa a Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, uma joint venture com Thales. A entidade francesa possui 40%, enquanto que a parte brasileira possui 60% na parceria. Orlando Neto, que anteriormente dirigiu negócio da Embraer defesa & segurança, é líder nesse processo na Andrade Gutierrez Defesa e Segurança.
No passado, poder-se-ia assumir que o governo brasileiro automaticamente celebraria  contratos com a Embraer, mas que hoje não é o caso, como a Embraer já não uma empresa estatal, e o governo possui apenas 0,3% da empresa, mesmo assim tem o direito de veto em suas atividade devido a papeis conhecidos como ações de “ouro”.
A chave dos negócios de defesa será que, a Embraer Defesa & Segurança poderá se beneficiar o negócio de defesa e segurança ajudando ao governo mitigar crises na aviação comercial e executiva. Isso significa também que alguns custos da Embraer de P & D, pesquisa e desenvolvimento, serão cobertos pelo governo.

Tradução e adaptação de textos: Aviação Geral

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